Em memória de

Luis Felipe Martim

04/07/2003
22/10/2025

Glória aos Heróis!

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Luis Felipe Martim

Luis Felipe Martim (Piracicaba - SP, 04/07/2003 — Kharkiv- Ucrânia, 22/10/2025) Muito amado desde o primeiro instante, viveu ali sua primeira infância até os 4 anos, quando ganhou o maior dos presentes: em 27 de outubro de 2007, chegou ao mundo sua irmã Mariana — nome escolhido por ele, como quem já intuía a missão de proteger. Em 2008, a família seguiu para São Pedro, buscando vida simples, tranquila, cheia de horizontes largos. Luis Felipe cresceu entre afeto, responsabilidade e sonhos. Fez o ensino fundamental em escola pública, e, no ensino médio, abraçou o desafio do curso integral da ETC, unindo estudo regular e formação técnica em Administração. Trabalhou cedo: telemarketing, reposição de supermercado… e, em 2024, concluiu o curso de soldador no SENAI. Foi contratado na área, mas a falta de oportunidades na cidade interrompeu o início de sua trajetória profissional. Em 2022, viveu uma experiência transformadora: o Tiro de Guerra. Ali, ao lado dos amigos Wesley e Warley, forjou laços que seriam para toda a vida — irmãos de alma e de caminhada. Sonhava em seguir carreira militar, prestou concursos, insistiu, tentou… e, mesmo sem conseguir ingressar, jamais abandonou o desejo de servir. Luis Felipe era um jovem de casa, de calma, de lagoas e rios. Na pesca esportiva encontrava paz, silêncio, descanso e alegria. Mas foi olhando o mundo além das águas tranquilas que seu coração despertou. Acompanhando a guerra na Ucrânia e as atrocidades que recaíam sobre mulheres e crianças, tomou uma decisão movida pela compaixão: tornar-se voluntário para proteger vidas em um país distante. Em 27 de julho de 2025, embarcou rumo ao front, levando consigo coragem, fé e um lema simples, mas grandioso: “Se eu salvar uma vida, dou minha missão por cumprida.” Contam que salvou três. E que, durante o resgate de feridos, quando conduzia vidas frágeis em busca de socorro, foi atingido por bombas guiadas por drones — ato que encerrou sua jornada na Terra, mas não a grandeza de seu gesto. Pelo heroísmo e pela humanidade que carregava no peito, foi homenageado pelo Exército Brasileiro, através do Tiro de Guerra de São Pedro, com a medalha “Braço Forte, Mão Amiga.” Amigos e familiares dizem, todos sem exceção, que Luis Felipe era fácil de amar: comunicativo, afetuoso, cheio de luz. Um jovem que fez da bondade sua marca e da coragem sua despedida. Hoje, sua memória permanece como chama serena — um herói que não buscou glória, mas vidas para proteger. E por isso, viverá para sempre.

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Wanderson

28 de novembro, 00:36

Meu irmão de farda, mesmo antes de servir o exército, Deus já tinha colocado você no meu ciclo de amizade e que amizade, saudades das nossas conversas irmão, hoje são apenas lembranças, ainda me pego rindo sozinho lembrando das nossas resenhas, uma vez me falaram que a dor do luto era insuportável, e hoje falo com convicção, a dor nunca vai passar, na rotina corrida da minha vida, não importa o que eu esteja fazendo, sempre vem você na memória, quase dez anos de amizade que foi interrompido por um ato de coragem, você nunca será esquecido, meus filhos saberão de você e do seu feito...você não morreu, você se eternizou. In aeternum frater.